sábado, 30 de janeiro de 2010

Medo.



Puro e simples.

Medo de voar, medo de insetos, medo do escuro, medo de elevadores, medo de dirigir, medo de perder alguém, medo de se apaixonar, medo da vida. Exemplos classicos de coisas que podem nos amedontrar.

Ele tem o poder de ditar nossas ações, atrapalhar nossos pensamentos e mudar nossas vidas. Há quem passe uma vida inteira com medo de expressar seus sentimentos. No outro lado da corda, o medo também pode mostrar quem realmente somos.

Existe o "pavor", derivado mais intenso do medo, e a fobia, que é o auge de toda a expressão do medo.

Mas o medo tem lá suas vantagens. Ele também pode nos ajudar mostrando nossos próprios limites, e a partir dele criamos a  coragem. Em alguns casos, certas pessoas acabam se tornando dependentes do medo, precisando dele constantemente.

O maior fato porém e mais inegável fato é que: todos temos album medi. Algumas pessoas dizem não ter medo de nada, mas muito pelo contrário. Ele se instala no menor tecido, na menor camada que for possivel.

E o que podemos fazer? Tentar tirar proveito dele. Encontrar o local onde ele no afeta e sobrepujá-lo. A partir dai buscar um jeito de que ele não nos atrapalhe.

Mas jamais "sufocando-o" ou escondendo-o. A partir do momento que você nega que tem medo, já demonstra mais medo que qualquer outro.

E você, qual é o seu medo?

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O grande momento da vida!

Puxa... quanto tempo hein? Por causa da maldita mudança e das provas / trabalhos do final de ano da faculdade, isso aqui acabou ficando meio abandonado.

Bom, sem desculpas ou enrolações, vamos direto ao ponto: ano novo, vida nova, todos com aquelas velhas conversas de "esse ano vai ser diferente!", "esse ano vamos mudar", "espero que esse ano seja melhor, etc....". Vou adotar um pouco dessas baboseiras e ver no que dá.




Pra começar o ano, eu resolvi falar um pouco sobre... a morte! Tema macabro pra um inicio de ano? Até concordo, mas vendo incidentes como o de Angra dos Reis e Guararema, e tendo um recente caso da perda de um grande amigo, fiquei pensando um pouco mais nesse assunto.

O que ela é afinal? "O fim de tudo", apenas? Cada cultura tem a sua visão, mas a maioria se encontra no ponto em que dizem que há algo do outro lado, outro plano, ou da maneira que preferirem chamar. Especialmente nas mais variadas religiões.

Segundo o Catolicismo, existem dois tipos de morte: a que podemos chamar de convencional, a separação da alma da carne, que se encaminhará ao paraiso acolhida por Deus e iniciará um novo ciclo de vida eterna (dai o termo "vida após a morte"); e a morte espiritual, que é a separação da alma para com Deus. Essa ultima se explica através dos pecados de uma pessoa durante sua vida, que após falecer, dependendo da gravidade de seus pecados, seria encaminhada  diretamente para o inferno. Próxima a isso está a visão do Espiritismo, que acredita que esta seja apenas mais uma forma de evolução e transição espiritual, onde os espiritos passam a ser chamados de "esencarnados". Os Evangélicos por sua vez crêem que é o "alivio da alma", o "sono dos justos" para as almas que pregam a bondade durante a vida. É o sinal de que ou sua missão na Terra já está cumprida, ou você perdeu tudo. Entretanto para os pecadores, suas almas não terão direito ao descanso, e continuarão perambulando pela terra.

No Budismo, a morte é apenas mais uma etapa da vida, algo inevitavel e que deve-se ter consciencia e serenidade para aceita-la. Pregam alias, que a meditação sobre a mesma é um dos principais conceitos do dharma, onde se pode descobrir o real valor da vida. Já no Judaismo, tudo é variado. Seus conceitos de morte, reencarnação e doutrinas varia de acordo com suas eras, o que resulta em pesquisas um tanto conflitantes.

A morte é constantemente citada e representada em diversas mitologias também, tendo entidades próprias para representa-la. Os gregos tinham Hades, filho de Zeus e Deus / Governante do Mundo dos Mortos, cujo nome valia para designar tanto a entidade quanto o reino que governava; e Tanatos, a personificação da morte na Terra. Os Egipcios Anubis, o deus com corpo de homem e cabeça de Chacal, responsavel pelas mumificações, e Osiris, deus da "vida após a morte", aquele que cuidava dos tesouros dos mortos no plano seguinte após a morte. O motivo pelo qual Faraós eram enterrados com seus tesouros era justamente pela idéia de que na próxima vida, encontrariam tudo novamente, sob os cuidados de Osiris. E os Nórdicos, que viam na morte seu ápice da vida. Para um viking, só se poderia alcançar Valhala se morresse durante uma batalha. Morrer dormindo, idoso ou doente era um ultraje que os condenaria ao Niflheim, mundo dos mortos desonrados governado por Hela, filha de Lóki, Deus da Trapaça e indicada pessoalmente por Odin, Deus dos Deuses.

Apesar dessas inumeras versões, visões e filosofias, devemos concluir que a morte não é algo que superamos nada. Não é como perder um emprego, repitir de ano, cair de bicicleta, ou se desiludir por amor. Não superamos ela, apenas aprendemos a lidar. Algumas pessoas tem medo dela, enquanto outras passam o dia-a-dia desanfiando-a. Fato é que de qualquer jeito, uma hora ela sempre vem. A vida é repleta de muitas questões, porém ela é nossa unica certeza...



Ao meu amigo Rodrigo Tibães, vulgo "Diguito".



Que descanse em paz, meu velho. =)




- [...] "Quando a primeira coisa viva
existiu, eu estava lá esperando...
Quando a última coisa viva morrer,
meu trabalho estará terminado...
Então, eu colocarei as cadeiras
sobre as mesas, apagarei as luzes,
e fecharei as portas do universo,
enquanto o deixo para trás..." [...]
 
* Morte, dos Perpétuos - "Sandman" - por Neil Gaimann